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LGBTQ temem que falsa denúncia de Karol Eller invalide casos verdadeiros

Juliana Kataoka

20/12/2019 15h13

Segundo a polícia, a youtuber que iniciou a briga, tentou intimidar um dos agressores com uma arma e ainda agrediu sua namorada antes de cair com a cabeça na calçada e desmaiar.

O caso de Karol Eller sofreu uma reviravolta na noite da última quinta (19). O Jornal Nacional deu que a delegada do caso descartou a hipótese de homofobia para o caso e disse ainda que a youtuber mentiu em seu depoimento e que irá responder por denunciação caluniosa.

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De acordo com a reportagem, a história é um pouco diferente da versão contada inicialmente por Karol. A polícia acredita que não foi um caso de homofobia e, sim, de ciúmes. Segundo reportagem, a polícia contou que de acordo com testemunhas e imagens da câmera de segurança, Carol chegou "visivelmente alterada" ao quiosque e começou a discutir com um homem que estava na ciclovia.

Karol tentou intimidar o homem mostrando que estava armada – arma essa que seria da namorada dela que é policial civil. Em dado momento, Karol partiu pra cima do homem desferindo socos e puxou sua camiseta, o que fez com que os dois caíssem no chão. Antes da confusão toda terminar e ela cair com a cabeça na calçada e ficar desacordada, Karol ainda desferiu alguns outros socos contra própria namorada.

E, da mesma maneira que o caso agitou a internet quando veio à tona, a nova reviravolta mexeu mais uma vez com as pessoas na internet.

A história conseguiu a proeza de decepcionar esquerdistas e direitistas na mesma intensidade.

Alguns colocaram que as pessoas talvez tivessem tido empatia demais para uma pessoa que talvez não merecesse.

Mas a questão mais séria do fato de Karol ter mentido, levantado inclusive pela delegada do caso, é que esse tipo de ação pode ajudar a desmerecer casos verdadeiros de homofobia.

"Nós não podemos admitir que você utilize a delegacia, a máquina administrativa do estado, e chegue aqui e minta. Utilizando de uma causa tão nobre, de uma vitória por parte dos homossexuais. E ela estava aqui banalizando isso e mentindo. Acho triste, é uma atitude criminosa, e a gente não admite este tipo de coisa", disse Adriana Belém, a delegada do caso ao Jornal Nacional.

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Sobre as autoras

Juliana Kataoka, jornalista e redatora, trabalhou no BuzzFeed Brasil, em agências de publicidade e outros veículos. Não consegue sair das redes sociais, mas jura que tenta. Redes sociais: Twitter Facebook Instagram
Susana Cristalli, jornalista de formação, redatora de tudo um pouco e tradutora. Moradora da internet, acorda cedo pra varrer a calçada cheia de memes do dia anterior. Redes sociais: Twitter Facebook Instagram

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