Será que estão substituindo pimenta do reino por sementes de mamão?
Conversamos com o Vitor Hugo, consultor gastronômico e mestrando em ciência de alimentos, para esclarecer essa história.
Semana passada começou a viralizar no Twitter um post feito pra explodir sua cabeça. Quando é que você soube que as marcas de tempero vendiam produto adulterado e sementes de mamão no lugar da pimenta do reino?
A Cristal relatou que recebeu mensagens com relatos que pareciam confirmar que ela contou.
E incluiu também até um link de um estudo sobre o assunto.
Só esqueceu de falar sobre o resultado da investigação que concluiu que existia de um tudo na pimenta, areia, farinha – menos semente de mamão.
Mas a verdade é que você realmente encontra vídeos no YouTube que ensinam como fazer a tal da pimenta de mamão.
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Chegando até aqui, o que ficou claro é que o assunto rende alguma polêmica!
Daí eu resolvei conversar com alguém que entende mais de estudos e alimentos do que eu, o Vitor Hugo, do Prato Fundo, consultor gastronômico e mestrando em ciência de alimentos, que tentou esclarecer se essa história de substituir pimenta do reino por semente de mamão na indústria confere ou é Fake News.
Ele explicou que não é exatamente uma Fake News, mas uma meia verdade. Segundo ele, a adulteração pode, sim, acontecer – e existem estudos que falam sobre isso, de origem principalmente na Ásia. Porém, ele acredita que a probabilidade de isso acontecer no Brasil é mais baixa porque não é uma matéria prima tão barata quando falamos de volume em escala industrial e que ainda precisa de um processamento que não é dos mais simples.
"Você que ter uma plantação de mamão de uma quantidade absurda para conseguir coletar a semente. Depois a semente tem que passar por um processo de secagem para ficar mais parecida com o grão da pimenta. E, não é só isso. Existe o momento certo para coletar o mamão, não pode ser nem muito verde, nem muito maduro, tem que ser um meio termo. E não é como se essa semente já estivesse pronta. Ela ainda precisa sofrer reações químicas para chegar no que daria a sensação de picância. É uma linha de processo e manejo que daria muito mais trabalho que o processamento da pimenta do reino que já tem as substâncias responsáveis pela picância em todos os momentos da coleta", explicou.
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Sobre as autoras
Susana Cristalli, jornalista de formação, redatora de tudo um pouco e tradutora. Moradora da internet, acorda cedo pra varrer a calçada cheia de memes do dia anterior. Redes sociais: Twitter Facebook Instagram
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