Sobre como foi seu período em quarentena.

Na última sexta-feira dia (06), meu amigo, vamos chamá-lo de Jorge por motivos de privacidade, chegou no grupo do WhatsApp que temos com alguns de nossos outros amigos em comum e comunicou acompanhado com uma foto vestindo uma máscara hospitalar. "Não é filtro. Tô no Einstein isolado".

Os demais membros do grupo, todos dotados de um genuíno humor espírito de porco, se mostraram quase honrados pela possibilidade de termos, até aquele momento o caso nove do Coronavírus no nosso grupo, outros celebravam o fato do Jorge quase nunca aparecer nos rolês.

Reprodução / Juliana Kataoka / WhatsApp

Alguns já estavam planejando as visitas por trás do vidro que dariam um ótimo conteúdo pro Stories e, com alguma sorte, uma rabeira de possibilidade de contágio, que não deixaria ninguém doente, mas garantiria aquele home office por alguns bons dias – excetuando o fato de que quem está de quarentena não recebe visitas, mas tudo certo.

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O Jorge tem me contado nos últimos três dias pelo WhastApp como foi estar de quarentena sob a possibilidade de estar infectado pelo COVID-19, o Coronavírus. Ele viajou no Carnaval na companhia da esposa, mas embora transitar por um aeroporto não te coloque necessariamente em risco de contágio, ele conviveu com pessoas que vieram dos Estados Unidos recentemente. Na sexta, depois do almoço, após se sentir mal, ele achou melhor averiguar se aquela tosse e sensação de febre poderiam ser algo mais sério.

Ao chegar no hospital, ele pegou uma senha onde de cara tinha que informar se estava sentindo algum dos sintomas do Coronavírus e, assim que ele foi chamado na recepção pelo funcionário do hospital, já foi orientado a colocar máscara, higienizar as mãos com álcool gel e aguardar que sua senha fosse chamada. Na triagem, ele contou seu histórico e foi detectada febre. Eles o medicaram com Novalgina e o encaminharam para o isolamento na sala abaixo.

Reprodução / Juliana Kataoka / WhatsApp

Ele conta que no andar onde ele estava existiam muitas salas como esta, mas ele não soube dizer se elas também estavam ocupadas. Uma coisa que ele notou é que as pessoas e demais pacientes pareciam curiosos sobre a condição de cada pessoa que circulava pelos corredores do hospital.

Algum tempo depois, um médico o recebeu, auscultou seu peito e pediu raio X e exames virais. Uma hora depois o médico retornou com os resultados da radiografia. Notícia boa: as imagens estavam limpas, ou seja, sem pneumonia. Isso significava que ele logo seria liberado do hospital.

Reprodução / Juliana Kataoka / WhatsApp

Jorge continuaria isolado de casa até saírem os resultados do exame do Coronavírus.  No isolamento domiciliar, o possível infectado deve ficar em um cômodo separado das demais pessoas da casa e utilizar máscara cirúrgica o tempo todo. De qualquer forma, tanto ele quanto a esposa estavam tranquilos com a possibilidade tanto de Jorge estar infectado, que era baixa, e dela, que estava saudável, de ser infectada.

Reprodução / Juliana Kataoka / WhatsApp

Reprodução / Juliana Kataoka / WhatsApp

Reprodução / Juliana Kataoka / WhatsApp

O resultado do exame do Jorge chegou pela internet no domingo e deu negativo para o Coronavírus, mas Jorge continua se sentindo doente, com febre e voltou nesta segunda ao hospital. Até o momento que este post foi publicado, ele ainda não sabia o que havia de errado com ele.

Reprodução / Juliana Kataoka / WhatsApp

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