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Condenação de Gentili divide a opinião pública, política e artística

Juliana Kataoka

12/04/2019 13h28

Danilo Gentili foi condenado na última quarta (10) a seis meses de prisão em regime semiaberto por crime de injúria contra a deputada Maria do Rosário. Decisão ainda é cabível de recurso.

O humorista vem atacando a deputada no Twitter desde 2013:

Ele defende que ela teria sido hipócrita ao criticar ele e demais humoristas por suas posturas ao mesmo tempo que defendeu Zé de Abreu neste caso:

Maria do Rosário notificou Danilo Gentili judicialmente pedindo que ele retirasse os tuítes sobre ela. A deputada alega que os posts estavam fazendo com que os apoiadores do humorista a perseguissem nas redes.

Ele respondeu à intimação, rasgando-a em pedaços e passando os pedaços remanescentes em suas partes íntimas e retornando os pedaçso de papel para devolução à justiça.

Na opinião dele, a notificação era uma tentativa clara de censura.

O presidente Jair Bolsonaro lamentou a condenação.

Lembrando que o próprio Bolsonaro foi condenado a pagar indenização para Maria do Rosário após dizer que não a estupraria porque ela seria "muito feia".

Maria do Rosário comentou a decisão dizendo: "Chega de machismo disfarçado de humor".

Ela ainda deu o seguinte contexto à Rádio Guaíba.

Mas a decisão dividiu a opinião pública, política e a classe artística

O jornalista Leandro Demori teme que esteja sendo aberto um perigoso precedente de "crime por opinião".

O colunista Ricardo Noblat ponderou que humoristas não estão acima da lei e que não é a liberdade de expressão que está sendo discutida neste caso.

O jurista Gabriel Divan tentou ponderar os dois lados, levando em conta que Danilo tem como modo operante a ofensa como meio de ganhar dinheiro e atenção.

A professora de direito Débora Diniz defende que a questão não é sobre liberdade de expressão. Danilo, sim, pode falar o que quiser, mas é penalmente responsável pelo o que fala.

Muitos humoristas sairam em defesa de Gentili como, por exemplo, o YouTuber Whindersson.

Para Tom Cavalcante faltou diálogo.

Gregorio Duvivier também foi contra e lembrou que o Ministério Público move processo idêntico ao de Danilo por ofensas do humorista a Sérgio Moro, mas que Bolsonaro não teria sido tão solidário no caso dele.

 

E Fábio Porchat primeiro mostrou preocupação com a decisão.

Mas depois deu RT neste post.

E, você? Já chegou a alguma conclusão sobre este tema?

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Juliana Kataoka, jornalista e redatora, trabalhou no BuzzFeed Brasil, em agências de publicidade e outros veículos. Não consegue sair das redes sociais, mas jura que tenta. Redes sociais: Twitter Facebook Instagram
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